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São Silvestre tem Permit CBAt e Selo Ouro na volta às ruas de São Paulo

São Silvestre CBAt São Paulo
A tradicional corrida de 15 km retorna após interrupção por causa da pandemia, com protocolos sanitários e a presença de estrelas internacionais e do Brasil na elite masculina e feminina

Bragança Paulista – A 96ª Corrida Internacional de São Silvestre, que será realizada nesta sexta-feira, dia 31 de dezembro, com disputa por ruas e avenidas de São Paulo, recebeu o Permit 4/2021 e o Selo Ouro da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). As largadas serão nas proximidades da Avenida Paulista com a Rua Augusta e a chegada ocorrerá em frente ao Edifício Cásper Líbero, número 900 da Avenida Paulista. A programação de largadas: cadeirantes a partir das 7:25, elite feminina às 7:40, elite masculina e pelotão geral às 8:05. A elite A masculina terá 21 atletas e a feminina 20.

A tradicional competição paulistana, que não foi disputada em 2020 por causa da pandemia da COVID-19, seguirá os protocolos sanitários exigidos pelas autoridades do País, da cidade e do Estado de São Paulo. Dos inscritos foi exigido comprovante de vacinação e o acesso do público será controlado na região da Avenida Paulista, na largada e chegada da corrida de 15 km.

Entre os destaques estrangeiros da São Silvestre estão o campeão e recordista da Maratona de Paris, em 2021, o queniano Elisha Rotich, de 31 anos, com 2:04:21 – superou a marca de Kenenisa Bekele, de 2005, em quase 45 segundos. E também o etíope Belay Bezabh, campeão em 2018, um nome de respeito entre os atletas africanos depois do oitavo lugar na Meia Maratona de Valência, Espanha, em 2016, e o título da São Silvestre, com o tempo de 45:03.

Belay tem tudo para brigar pela ponta no masculino com o queniano Elisha Rotich e o brasileiro Daniel Nascimento, top ten em Valência. Daniel Ferreira do Nascimento, o Danielzinho, foi o nono colocado na disputa da Maratona de Valência este ano, com a incrível marca de 2:06:11 – ficou a apenas 6 segundos do recorde sul-americano da prova, de 2:06:05, obtido pelo mineiro Ronaldo da Costa, em Berlim, em 1998.

Danielzinho, de 23 anos, melhor brasileiro na prova de 2019 (11º) e que integrou a seleção de atletismo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, é um dos destaques da elite nacional na São Silvestre. Provou o seu grande potencial ao completar a Maratona de Valência, no dia 5 de dezembro, em 9º com o tempo de 2:06:11. Foi o segundo melhor tempo obtido por um atleta sul-americano na história, ficando atrás apenas do recordista continental Ronaldo da Costa, integrante do Programa Ídolos Loterias Caixa, da CBAt, que tem 2:06:05, ínfimos 6 segundos de diferença, ainda mais se levando em conta uma prova de 42,195 km.

Nascido em Paraguaçu Paulista (SP) Daniel também venceu a Meia Maratona Internacional de São Paulo em 2020, ano em que também representou o Brasil na Copa Pan-Americana de Cross Country, no Canadá, onde conquistou o 8º lugar, depois de ganhar o título brasileiro em Serra (ES). Estreou em maratonas em 2021 e foi campeão em Lima, no Peru, com índice para os Jogos Olímpicos (2:09:05). Foi campeão nos 10 km do Sul-Americano de Guayaquil e na maratona olímpica esteve no pelotão da frente, abandonando devido a uma contusão.

Entre os destaques nacionais estão ainda Ederson Vilela, ouro nos 10.000 m nos Jogos Pan-Americanos do Peru-2019; Giovani dos Santos, seis vezes campeão da Volta Internacional da Pampulha e bicampeão da Meia Maratona Interacional de São Paulo; e Wellington Bezerra, 18º na Maratona de Hamburgo-2019 e campeão da Maratona de Porto Alegre-2013.

Na prova feminina, a queniana Sandrafelis Chebet, campeã de 2018, tentará sua segunda conquista. No segundo semestre de 2021, Sandrafelis venceu duas meias maratonas, a Ijebu Heritage Half Marathon, em julho, e a Edreams Mitja Marato Barcelona, em outubro, além de ficar em terceiro na EDP Lisboa Half Marathon Elite Events (1:08:14), em março, em Portugal.

Entre as mulheres, estão Grazieli Zarry, melhor atleta brasileira (11ª) da última São Silvestre-2019; Andreia Hessel, campeã da Maratona Internacional de São Paulo-2018 e sexta colocada na São Silvestre-2016; e Tatiele de Carvalho, quinta colocada na Maratona de Buenos Aires-2019 e cinco vezes campeã dos 10.000 m no Troféu Brasil de Atletismo.

O Brasil não tem um vencedor da São Silvestre desde 2006 na corrida feminina, com Lucélia Perez, e 2010 na masculina, com Marílson Gomes dos Santos.

De volta? Apenas para participar – O brasiliense Marilson Gomes dos Santos é tricampeão da São Silvestre (2003, 2005 e 2010), bicampeão da Maratona de Nova York (2006 e 2008) e tem três participações olímpicas no currículo na maratona – foi quinto colocado em Londres-2012 (2:11:10). Foi campeão pan-americano em Guadalajara-2011 e prata em Santo Domingo-2003 e no Rio-2007 nos 10.000 m. Aos 44 anos volta para as ruas de São Paulo para uma participação diferente na São Silvestre, como líder de um pelotão de 10 pessoas formado por atletas de outras modalidades, colaboradores e médicos da NewOn, que também é patrocinadora da CBAt.

Emerson Iser Bem, vencedor em 1997, também participará da prova. A vitória na São Silvestre foi a mais simbólica de sua carreira ao derrotar ninguém menos do que o queniano Paul Tergat, maior vencedor da história da São Silvestre com cinco títulos.

Fonte: CBAt

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